O Ministério da Saúde iniciou esta semana a distribuição da dose tripla combinada composta pelos medicamentos Tenofovir (300 mg), Lamivudina (300 mg) e Efavirenz (600 mg), aos pacientes com HIV e Aids dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é a última etapa da implantação do novo medicamento que irá beneficiar mais de 23 mil pacientes, que usam esta combinação, na Região Sul. No país, cerca de 100 mil pessoas com HIV e Aids serão beneficiadas.
A nova dose combinada representa um avanço importante na melhoria do acesso ao tratamento de Aids no país, pois permite uma melhor adesão ao tratamento de pessoas que vivem com HIV e Aids. Além de ser de fácil ingestão, o novo medicamento tem como grande vantagem a boa tolerância pelo paciente, já que significa a redução dos 3 medicamentos para apenas 1 comprimido.
O Rio Grande do Sul é um dos estados que apresenta maior crescimento nos casos de AIDS em comparação com o resto do país. Enquanto que no Brasil houve um registro com cerca de 20,2 novos casos por 100 mil habitantes, no Estado esses dados subiram para 41 ocorrências, em 2011. Mas é na capital gaúcha que, de acordo com o Boletim Epidemiológico – Aids e DST 2011, a classificação por taxa de incidência de HIV, ocupa o primeiro lugar desde 1998, dentre todas as capitais brasileiras. Os dados do último boletim apontam uma taxa de incidência de 99,8 casos por 100 mil habitantes. Outro fato que merece destaque é que dos 100 municípios brasileiros com maior incidência, 14 estão na região metropolitana de Porto Alegre.
Os Estados do Rio Grande do Sul e Amazonas, que possuem as maiores taxas de detecção do vírus e já recebem dose tripla combinada desde o final do ano passado. O uso do medicamento 3 em 1 está previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Tratamento de Adultos com HIV e Aids do Ministério da Saúde como tratamento inicial para os pacientes soropositivos. O Ministério da Saúde investiu R$ 80 milhões na aquisição de 90 milhões de comprimidos. O estoque é suficiente para atender os pacientes em tratamento nos próximos 12 meses.
Em julho de 2014, a revista britânica The Lancet, uma das mais importantes publicações científicas da área médica, divulgou um estudo mostrando que o tratamento para aids no Brasil é mais eficiente que a média global. Segundo o estudo, as mortes em decorrência do vírus HIV no país caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, enquanto a média global apresenta uma queda de 1,5% ao ano.
Com a informação de: Ministério da Saúde
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