Disseminar os serviços de atenção à saúde da mulher por mais bairros de Canoas, garantir que as vítimas de violência tenham atendimento adequado em todos os órgãos do município, pressionar para que a rede de Saúde e de Atenção à Mulher encarem um fato: a feminização da epidemia do HIV/Aids. Esses foram alguns dos pactos firmados ontem (23) durante o encerramento da oficina "Desvendando conexões entre o HIV/Aids e a Violência de Gênero" em Canoas.
O encontro fez parte da etapa formativa do projeto Conexões – estratégias integradas contra o HIV/Aids e a violência de gênero no município e, como disse a coordenadora Neusa Heinzelmann, ao contrário do que se pode pensar, marca um começo. "Agora é que vamos colocá-lo em prática no município", avisou.
O encontro contou com a participação da diretora da Coordenadoria de Políticas para Mulheres, Lurdes Santin, que destacou a importância de haver uma pactuação entre as redes para que todos os locais estejam preparados para receber as mulheres. Lurdes sugeriu, então, que fosse feita a formalização das demandas e de um fluxo de atendimento à mulher vítima de violência que resulte em uma cartilha.
Pensando na articulação entre as duas redes, a coordenadora do Coletivo Feminino Plural Télia Negrão provocou a reflexão sobre a atribuição de cada entidade e sobre como pode se conectar a atenção à saúde da mulher a partir de uma perspectiva de integralidade (levando em conta gênero, classe social, etnia, religião, etc). "Precisamos pensar no porquê dos índices de contaminação de HIV/Aids diminuírem em todo país e aumentarem apenas no Rio Grande do Sul, principalmente entre as mulheres em idade fértil", salientou Télia.
Ao final, foi feito o convite para uma Conferência Livre de Políticas para as Mulheres, preparatória para o evento oficial do município a realizar-se na semana que vem no CRM Patricia Esber. O encontro será aberto à comunidade.
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