O terceiro
encontro da oficina "Desvendando conexões entre o HIV/Aids e a
Violência de Gênero" em Canoas reuniu ontem (16 de julho) à
tarde lideranças comunitárias e servidores públicos da área da
saúde para discutir os direitos legais garantidos às meninas e
mulheres vítimas de violência. Durante o encontro, foi destacada a
importância do atendimento prestado nas primeiras horas após
estupro, como a contracepção de emergência e profilaxia de DSTs,
entre elas o HIV/Aids.
Para que todos os
presentes se familiarizassem com a legislação voltada à garantia
de direitos humanos da mulher, a coordenadora do projeto Neusa
Heinzelmann acompanhou a confecção de um Mapa Legal. Depois de
colocadas as leis, federais, estaduais e municipais, Neusa, que
também é enfermeira e especialista em Saúde Pública, questionou:
Como fazer para que isso tudo que a gente tem de retaguarda aconteça
efetivamente? Para ela, o primeiro passo deve ser encarar a violência
contra a mulher como um problema de saúde pública e violação dos
direitos humanos.
A coordenadora do
Centro de Referência da Mulher (CRM) Patrícia Esber, do município
de Canoas, Renata Jardim, realizou um resgate histórico das leis
brasileiras voltadas à garantia de direitos das mulheres. O foco da
sua explanação, contudo, foram os avanços mais recentes,
principalmente a Lei Maria da Penha e sua capacidade de pensar ações
de prevenção e tratamento psicológico, que vão além da punição
do agressor, e o papel dos agentes de saúde nas primeiras horas de
acompanhamento em caso de estupro.
Depois das
palestras, foi feita uma rodada de discussão. O bate papo continuou
em um café da tarde preparado por toda a coordenação do projeto. O
próximo encontro do módulo realizado na cidade de Canoas pelo
Desvendando Conexões ocorre na próxima quinta-feira (23 de julho)
no auditório do SINPROCAN (Rua XV de janeiro, n° 121, 2º andar).
Por Roberta Mello
Assessoria de Comunicação Coletivo Feminino Plural
Nenhum comentário:
Postar um comentário