quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Capital estimula o cuidado sem preconceito em casos de Aids

Instalação urbana Os sentidos da prevenção está na Praça da Alfândega
Uma instalação urbana movimenta o Centro Histórico de Porto Alegre desta esta quinta-feira, 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Denominada "Os sentidos da prevenção", a estrutura está na Praça da Alfândega das 11h às 14h e das 17h às 20h, até o dia 6, com exceção de domingo, 4. Neste sábado, 3, a visitação será das 11h às 15h. Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o ambiente multimídia se propõe a explorar as sensações e os sentidos visuais, auditivos e táteis, estimulando os visitantes a pensar em situações de maior risco ao vírus HIV, bem como conhecer as diferentes formas de prevenção.

Com o tema Cuidar e ser cuidado, a ideia também é provocar reflexões a respeito das atitudes com pessoas que vivem com HIV ou Aids, para que sejam mais solidárias, diminuindo o preconceito e o estigma. “Cuidar significa utilizar várias estratégias de prevenção, como proteção nas relações sexuais usando preservativo, fazer testagens regulares e começar o tratamento o mais cedo possível em caso de resultado positivo. Em especial, é ter solidariedade com as pessoas que vivem com HIV/Aids”, comenta a gerente de Políticas Públicas de Cuidado em Saúde – Transmissíveis, Simone Ávila. “O preconceito e a discriminação fazem com que pessoas com o vírus não queiram se tratar, tenham vergonha e sejam excluídas. Com a campanha deste ano, queremos incentivar o cuidado no sentido da solidariedade e do respeito que merecem”, afirma.

Nesta quinta-feira, 1º, a oferta de testagem rápida para o HIV, além de atividades de prevenção, é intensificada no Centro de Saúde Modelo e na Praça Piratini (em frente ao Colégio Júlio de Castilhos), das 9h às 11h e 14h das 16h; nas  unidades de saúde da região Glória, Cruzeiro e Cristal, das 8h às 17h; na US Chácara da Fumaça (estrada Martin Félix Berta, 2432, bairro Alto Petrópolis), das 9h às 17h, com coffee break aos usuários produzido pela Cozinha da Cidadania, projeto que visa à geração de renda para pessoas que vivem com HIV ou Aids; no Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas - CAPS AD 3 Partenon Lomba do Pinheiro (rua Dona Firmina, 144); e no Hospital Restinga Extremo-Sul, com atendimento imediato por infectologistas.


Entre os destaques da programação está a exibição do documentário A paixão de JL, neste sábado, 3, às 20h, na Cinemateca Capitólio (rua Demétrio Ribeiro, 1085). No filme, o artista José Leonilson começa a narrar em fitas cassetes, no ano de 1990, um diário sobre a vida dele e os acontecimentos no Brasil e no mundo, como a queda do muro de Berlim. Os registros tomam outra proporção quando Leonilson descobre que é portador do vírus HIV. Direção de Carlos Nader, com debate após a exibição (documentário: 2014. 82 min. Brasil).

Fique sabendo - A unidade móvel do projeto Fique Sabendo Jovem faz parte das atividades, com intervenções em diversas datas e locais (consulte programação). A ideia do projeto é ampliar o número de testes voluntários e a prevenção, além de aumentar o encaminhamento para tratamento e a retenção, para que o jovem diagnosticado reagente ao HIV comece o tratamento o quanto antes e não abandone o uso da medicação antirretroviral, necessária na manutenção da qualidade de vida. Estratégia inovadora de prevenção e educação em saúde sobre direitos sexuais e reprodutivos direcionada à juventude, o projeto é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a SMS.

Tendência de queda - Porto Alegre permanece como capital e cidade com as mais altas taxas de incidência de Aids no Brasil nos últimos dez anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde, com taxa média de 95,20 casos por 100 mil habitantes na séria histórica de 2005 a 2015. Nos últimos cinco anos, porém, as incidências apresentam queda, principalmente em 2015, o que pode ser observado nos números da Secretaria Municipal de Saúde, pela Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde, com 74,21 casos por 100 mil habitantes, comparativamente a 2014, quando a taxa foi de 90,9 casos por 100 mil habitantes. O total acumulado de casos é de 28.497 – até 30 de junho de 2016 –, sendo que, destes, 96,3% dos casos em adultos e 3,7% em crianças menores de 13 anos. O coeficiente de mortalidade também apresenta tendência de queda, passando de 32,21 por 100 mil habitantes, em 2011, para 24,12, em 2015.

A SMS tem investido em ações para controlar a epidemia em Porto Alegre. Uma das estratégias é oportunizar a detecção precoce da infecção pelo HIV, com a oferta de diagnóstico e, consequentemente, o início do tratamento. Os testes rápidos são disponibilizados à população nas unidades de saúde de referência, incluindo pessoas em situação de rua. Clique aqui e identifique a sua, conforme o endereço de domicílio. Também oferece os Serviços de Assistência Especializada e pronto atendimentos para casos de urgência. Clique aqui para mais informações.

Programação:
Até 02/12 – Exibição do curta-metragem Um conto sobre Aids, com posterior roda conversa. Local: Unidade de Saúde Mário Quintana - Horário: 9h30 e 15h30.

01/12 – Entrega do prêmio Equipe Destaque na Prevenção da Transmissão Vertical do HIV e sífilis congênita em Porto Alegre. Local: Hotel Continental - Horário: 8h30 às 10h30.

– Testagem rápida para o HIV + atividades de prevenção. Local: Centro de Saúde Modelo e Praça Piratini (em frente ao Colégio Júlio de Castilhos). Horário: 9h às 11h – 14h às 16h.

– Testagem rápida para o HIV + atividades de prevenção. Local: todas as unidades de saúde da Gerência Distrital Glória, Cruzeiro e Cristal. Horário: 8h às 17h.

– Gincana de Natal –  Entrega dos prêmios “Lanceta de Ouro, Prata e Bronze” a unidades de saúde que se destacaram na realização de testes rápidos para HIV na Gerência Distrital Norte-Eixo Baltazar. Local: Centro Humanístico Vida (av. Baltazar de Oliveira García, 2132 - Sarandi). Horário: 18h às 21h.

– Testagem rápida para HIV e atividades de prevenção. Neste dia, a equipe receberá os usuários com um coffee break produzido pela Cozinha da Cidadania, projeto que visa à geração de renda para pessoas que vivem com HIV ou Aids. O projeto é mantido pelo Fórum ONG/Aids RS (http://www.forumongaidsrs.org/). Local: US Chácara da Fumaça (estrada Martin Félix Berta, 2432, bairro Alto Petrópolis). Horário: 9h às 17h.

– Testagem rápida para HIV e atividades de educação em saúde. Local: Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras drogas - CAPS AD 3 Partenon Lomba do Pinheiro (rua Dona Firmina, 144).

– Testagem rápida para HIV, com atendimento imediato por infectologistas. Local: Hospital Restinga Extremo-Sul.

03/12 – Rodas de conversa sobre o tema estereótipos de gênero - sexualidade e infecções sexualmente transmissíveis e Fique Sabendo Jovem. Local: US Lomba do Pinheiro (rua João de Oliveira Remião, 6111). Horário: 8h30 às 17h.

–  A paixão de JL – Direção: Carlos Nader (Documentário. 2014. 82 min. Brasil). Local: Cinemateca Capitólio.
Horário: 20h. Haverá debate após a exibição do documentário.

04/12 – Fique Sabendo Jovem. Local: Parque Farroupilha (Redenção), em frente do Monumento ao Expedicionário. Horário: 16h às 20h.

06/12 – Ação de rua da equipe itinerante da Gerência de Saúde Glória, Cruzeiro e Cristal. Local: Praça da Vila Ecológica, bairro Santa Teresa, zona Sul da Capital. Horário: 8h às 17h.

07/12 – Fique Sabendo Jovem. Local: rua Álvaro Difini, 300 - CTG Porteira da Restinga. Horário: 13h às 16h.

10/12  – Fique Sabendo Jovem. Local: Bairro Bom Jesus. Horário a definir.

11/12 – Fique Sabendo Jovem. Local: Parque Farroupilha (Redenção), em frente do Monumento ao Expedicionário. Horário: 16h às 20h.

17/12 – Fique Sabendo Jovem. Local: Restinga. Horário a definir.

18/12 – Fique Sabendo Jovem. Local: Parque Farroupilha (Redenção), em frente do Monumento ao Expedicionário. Horário: 16h às 20h.

Instalação urbana Aids: os sentidos da prevenção
Dias 1º, 2, 5 e 6, das 11h às 14h das 17h às 20h | Dia 3, das 11h às 15h. No domingo, 4, não haverá visitação.
Praça da Alfândega, Centro Histórico de Porto Alegre
Assessoria de Comunicação da SMS: 3289-2710, 2711 e 2732

Outras informações podem ser obtidas no site http://hivaidspoa.weebly.com/.

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terça-feira, 22 de novembro de 2016

Seminário sobre Violência contra Mulheres e Meninas marca os 20 anos do Coletivo Feminino Plural

Encontro histórico realizado nesta quinta-feira, 17 de novembro de 2016, no Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (RS) reuniu representantes de movimentos de mulheres e feministas e demais movimentos sociais, ativistas, integrantes de núcleos de pesquisa e de entidades e redes vinculadas ao enfrentamento da violência contra mulheres e meninas e a luta pelos direitos humanos.

Organizado pelo Coletivo Feminino Plural, o “Seminário sobre Violência contra Mulheres e Meninas – da denúncia à ação”, marcou também os 20 anos de atividades da entidade. Ao final do encontro, foi lançada a publicação “As diversas faces da violência contra as mulheres”, que traz uma coletânea de textos sobre violências de gênero, e a Cartilha do “Projeto Conexões – HIV/Aids e a Violência contra as Mulheres”.
Durante o seminário, temas como violência obstétrica, desigualdade social, racismo, feminicídio, infecção por HIV/Aids, estiveram em pauta, bem como a violência contra mulheres com deficiência, o papel da mídia e da religião e a importância do respeito à diversidade. “Invisibilidade” foi a palavra repetida ao longo do dia por várias mulheres, associada ao desafio de acabar com as diversas violências, inclusive a da discriminação, que faz como que as mulheres não se sintam sujeitas de direitos.
Veja todas as fotos do encontro aqui.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Seminário e lançamento de publicações marcam aniversário de 20 anos do Coletivo Feminino Plural

Para comemorar os 20 anos de trabalho pelos direitos humanos e cidadania das meninas e mulheres e o encerramento do projeto Conexões, o Coletivo Feminino Plural realiza, no dia 17 de novembro, o seminário A Violência Contra as Mulheres e Meninas – Da Denúncia à Ação, a partir das 13h30min no Auditório do Sindbancários/RS (Rua General Câmara, 424, Centro Histórico). A proposta é promover o diálogo sobre a realidade da violência contra as mulheres, os avanços e desafios no âmbito da legislação e das políticas públicas e diagnosticas as estratégias coletivas capazes de ampliar o acesso das mulheres a seus direitos. O evento é gratuito e aberto à participação do público em geral.

Às 16h30min, haverá o lançamento do livro “As diversas faces da violências de gênero”, organizada por Telia Negrão e Neusa Heinzelmann, e de uma cartilha. As duas publicações integram material do projeto Conexões – Estratégias Integradas contra o HIV/Aids e a Violência de Gênero.

Mais informações pela telefone (51) 3221-5298.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Na Mídia: Conexões no canal do jornal Correio do Povo

Neusa Heinzelmann, coordenadora do Conexões, e Thaís Pereira, consultora para estudo de caso e elaboradora dos indicadores comentam as principais conclusões do projeto em vídeo do jornal Correio do Povo. Assista:

terça-feira, 19 de julho de 2016

ESTRATÉGIAS INTEGRADAS CONTRA O HIV/AIDS E A VIOLÊNCIA DE GÊNERO: FLUXOS E PROTOCOLOS DE REDES


Oficina da Região Metropolitana reúne Porto Alegre, Viamão e Canoas nesta quinta-feira (21) na Rua dos Andradas, 943 - 11º andar

Com o objetivo principal de investigar a relação entre duas das principais causas de mortes de mulheres no Brasil, a infecção pelo vírus HIV e a violência de gênero, e capacitar as e os participantes para atuarem em suas áreas, o projeto Conexões realiza nesta quinta-feira (21) a divulgação dos resultados colhidos em Viamão, Canoas e Porto Alegre. Além da apresentação dos resultados do mapeamento das redes locais, será construída uma proposta de Protocolo de Rede para a Região Metropolitana. O projeto Conexões se insere na campanha internacional Women Won't Wait - Mulheres Não Esperam Mais, Acabemos com a Violência e a Aids Já.

Durante o evento, estarão presentes lideranças, ativistas do movimento de saúde e de mulheres, conselheiros/as de Saúde e de Direitos da Mulher e agentes públicos das cidades participantes. A enfermeira e coordenadora do Projeto Conexões - Estratégias Integradas contra o HIV/Aids e a Violência de Gênero, Neusa Heinzelmann, e a representante da Campanha Mulheres Não esperam – Acabemos com as Epidemias de Aids e Violência de Gênero Já! - Unaids e coordenadora do Coletivo Feminino Plural, Telia Negrão, abrem o evento apresentando o balanço dos marcos, objetivos e ações do projeto e o conceito de gênero como intersecionalidade na construção das redes.
Após, a psicóloga Thais Pereira apresenta os resultados do mapeamento das redes locais para o enfrentamento das epidemias de HIV/Aids e violência de gênero e os estudos de caso. A advogada e integrante do Coletivo Feminino Plural e coordenadora do Centro de Referência para a Mulher  (CRM) Patrícia Esber de Canoas, Renata Jardim, apresenta o protocolo de rede, ferramentas para o trabalho articulado e grupos de trabalho construirão uma proposta de protocolo para a Região Metropolitana.
Sempre buscando sobressaltar a transversalidade entre a violência de gênero e o crescente número de adolescentes e mulheres portadoras do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e da Aids, o projeto Conexões realizou reuniões com agentes de saúde, lideranças comunitárias e demais militantes sociais dos municípios a fim de capacitá-los para lidar com esses casos. Durante os encontros, foram feitas discussões baseadas em material de apoio proporcionado pelo projeto, dinâmicas de grupo e atividades complementares à distância.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul apresenta a segunda maior taxa de detecção de Aids no país, com 38,3 casos para cada 100 mil habitantes, quase o dobro da média nacional (19,7 casos por 100 mil). Em 2014, o Estado ocupou, pelo oitavo ano consecutivo, o topo no ranking dos estados com maiores índices de Aids no País. São 41,3 novos casos para cada 100 mil habitantes, mais do que o dobro da taxa nacional (20,4). Porto Alegre foi a capital com a maior taxa registrada em 2013, mais do que o dobro da taxa do estado e quase cinco vezes a taxa do Brasil (96,2 casos para 100 mil habitantes).
A capital gaúcha possui o maior coeficiente de mortalidade por doenças decorrentes de HIV, sendo quatro vezes maior que a média nacional. Conforme dados da Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em 2014 o coeficiente feminino de casos de Aids chegou a 60,9 para cada 100 mil habitantes. A coordenadora do Projeto Conexões, Neusa Heinzelmann, adverte que talvez os números sejam ainda maiores do que os oficiais. "No caso das violências contra a mulher, a falta de cruzamento entre as informações dos diferentes órgãos dificulta que tenhamos dados mais próximos a realidade. O programa Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Sistema Único de Saúde (SUS), que agrupa dados daquelas mulheres que procuram as unidades de saúde, aponta para números ainda maiores do que os da segurança pública", exemplifica.
Mais informações no site do Coletivo Feminino Plural (http://femininoplural.org.br) e blog do projeto Conexões (http://conexoescfp.blogspot.com.br/).

Serviço:
O quê:  Projeto Conexões – Estratégias Integradas contra HIV/Aids e a Violência de Gênero
Quando: 21 de julho, das 8h30min às 17h

Onde: Rua dos Andradas, 943 - 11º andar

terça-feira, 14 de junho de 2016

Conexões realiza mais uma tarde para enredar em Porto Alegre

Na quinta-feira (9 de junho) a equipe do projeto Conexões voltou a Porto Alegre para a realização de uma segunda etapa junto às rede de enfrentamento à violência contra a mulher e de atenção em saúde às DST/HIV/Aids. Na Capital, o encontro ocorreu na Secretaria Municipal de Educação e reuniu, além de agentes de saúde, do representante do Fórum de Ongs Aids e representantes do Comdim e da Secretaria Adjunta da Mulher do município, educadoras e educadores. 


Vera Daisy Barcelos, do Comdim, e Telia
Negrão, do Coletivo Feminino Plural
Os participantes entenderam um pouco mais sobre os fluxos e protocolos no atendimentos às mulheres vitimas de violência, refletiram sobre como a desigualdade de gênero se reflete nas relações, no ambiente de trabalho, na educação e como podemos agir para mudar essa realidade.

Vera Daisy Barcelos, do Conselho Municipal de Direitos da Mulher (Comdim), destacou que a violência contra as mulheres é um problema de todo mundo. "Não somos só nós, mulheres, mas a sociedade inteira, com o comprometimento do Estado, que devemos combater esta que, para nós, é uma chaga da sociedade brasileira".

Telia Negrão, do Coletivo Feminino Plural, falou sobre a relação da Violência de Gênero, a Cultura do Estupro e os altos índices de infecção pelo vírus do Hiv/Aids. Buscando as origens do termo Cultura do Estupro, disse Telia, "cheguei aos textos de Angela Davis, uma negra norte-americana, que vai identificar no cruzamento entre desigualdade de gênero e racismo a origem dessa cultura". 

A cultura do estupro existe em uma sociedade em que as mulheres têm seus comportamentos e sua vida analisados numa perspectiva de moral dominante e que estabelece um valor a essa mulher a partir de uma moral conservadora. "O que foge dessa estrutura, que transgride, legítima a existência do estupro como pratica aceitável", refletiu Telia. A desigualdade de gênero é o que unifica violência e Hiv. Por isso, a discussão de gênero e sexualidade devem estar dentro da escola.


Após, as falas de apresentação, as e os participantes identificaram seu papel na rede que interliga Atenção à Saúde e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Todas e todos apresentaram a que serviço pertencem e "se enredaram". 

O terceiro momento foi um trabalho em grupo no qual tiveram de lembrar se já haviam atendido vítimas de violência que foram submetidas a exames para detecção de infecção por DSTs e vice-versa - se já haviam entrado com casos de mulheres positivas para HIV/Aids que foram encaminhadas ao serviço de atendimento à vítima de violência. Ao final, os grupos apresentaram e a coordenadora do projeto Neusa Heinzelmann fez uma retomada de todas as discussões que surgiram durante esta etapa do projeto.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Na Mídia: Smed recebe formação sobre combate à violência de gênero

via Prefeitura de Porto Alegre

Foto: Luiz Eduardo Campesato/Divulgação PMPA
Ocorreu, no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Smed), nesta quinta-feira, 9, a formação Tarde de Conexões em Gênero, Sexualidade e Saúde. A iniciativa foi promovida pelo Coletivo Feminino Plural, em parceria com as secretarias municipais de Educação, de Saúde e de Direitos Humanos – Secretaria Adjunta da Mulher de Porto Alegre e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim). O encontro, que abordou estratégias contra a violência de gênero e de prevenção de infecção pelo HIV/AIDS, reuniu profissionais integrantes das redes de enfrentamento à violência contra a mulher e de atenção em saúde.
Segundo Neuza Heinzelmann, coordenadora do projeto Conexões pelo Coletivo Feminino Plural, o foco da ação é convergir o atendimento, melhorando a qualidade do serviço prestado para as mulheres. “Além desse encontro, iremos produzir uma cartilha para divulgar os temas do projeto”, salientou.  
Para a assessora dos Temas Transversais da Smed e conselheira do Conselho dos Direitos da Mulher, Márcia Sigal, a temática se torna cada vez mais imprescindível nos dias atuais. “Buscamos transversalizar  temas cruciais para a sociedade, visando conectar a educação a uma política de respeito ao próximo, cultivando uma cultura de paz”, destacou.
A presidente do Comdim, Vera Daisy Barcellos da Costa, ressaltou que a luta contra a violência de gênero só será erradicada por meio de ações conjuntas. “É de uma forma coletiva que poderemos vencer essa batalha”, afirmou.
 O secretário municipal adjunto da Livre Orientação Sexual, Márcio Casado, realçou a importância de debater as estratégias de combate à violência de gênero. “A educação é o maior agente transformador da sociedade”, enfatizou.
O evento faz parte do projeto Conexões - Estratégias Integradas Contra HIV /AIDS e a Violência de Gênero que visa a combater o crescimento das duas epidemias entre o sexo feminino. O programa está sendo desenvolvido em Porto Alegre, Canoas e Viamão, e pretende auxiliar na compreensão dos problemas e na capacitação e informação de agentes da área de saúde, educação e dos direitos da mulher. O próximo encontro, de caráter regional, será no mês de julho.